06/11 - Roma
Roma é aquela coisa: cidade enorme, meio uma Paris mais esculhambada, trânsito aleatório, você está andando na rua, dobra a esquina e dá de cara com uma ruína do tempo em que jesus cristo ainda nem tinha sido circuncisado. O sorvete continua ótimo, um pouco mais caro, e pela primeira vez na viagem parece que aqui há uma fartura maior de restaurantes coma-o-quanto-quiser que não se limitem a sushi e a preço não tão estuprante.
O hotel, improvável que possuído mas visivelmente tocado por um staff integralmente constituído de indianos, ou, não sei, cingaleses de inglês escasso e abulia borbulhante, como não antes até aqui não tinha toalhas no quarto, então finalmente precisarei tirar a minha da mochila. Não tinha papel higiênico pendurado, então precisei ir pedir por tio, meio enrolado na toalha, e o cocô não vai embora fácil da privada, mas fica só sambando teimosamente de lá pra cá a cada descarga, apegado a este plano de existência.
Não choveu, mas a temperatura por aqui continua, na média, mais elevada do que em alguns dias em São Paulo mesmo, então minha estratégia de fugir do calor em direção a um belo frio nas minhas férias saiu gloriosamente pela culatra.
E hoje, depois de não conseguir entrar na Catedral de São Pedro, ou São Paulo, sei lá, um deles, porque deus está sempre olhando por nós mas a igreja dele fecha depois das seis, finalmente a perseverança e idéia fixa foram recompensadas, e deu pra assistir um filme em língua original no cinema! Até aí, grande coisa, pagar mais de 40 reais pra ver a mesma coisa que no Brasil daria pra ver pagando a meia entrada de uns 18 reais que todo mundo paga mesmo, numa tela maior. Mas estava atravessado na garganta faz tempo, era questão de honra. E as balas de goma que comprei pra comer durante o filme tinham sabor de, urgh, pêssego.
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