16/10 - Budapest
Budapeste de novo, afinal. A cidade que, a par de seu belos (mas não tão bem-cuidados) verdes e montes, é meio assim como um grande bairro do Brás, com seus prédios velhos, meio muquifentos, cortiços, comércios fechados e abandonados, um povo na média bem mais feiosinho do que na Alemanha, e disciplina bem menos germânica no trânsito e nos costumes, com, aqui, já as catracas e vigias e seguranças que eu não via até ontem, porque afinal lá o povo faz a coisa certa e pronto.
Um euro vale mais de 300 forintos, então agora o preço de um cafezinho fica na faixa de uns 500 forintos, o ingresso para um concerto fica lá por uns 2800 forintos, o que é paralisante em termos de noção imediata de valor das coisas.
A fama do Aderbal não conhece fronteiras! Celebridade em vários continentes! Hoje tive oportunidade de mostrar para o público húngaro toda a minha maestria e meu talento para pegar no pau, ao ser tirado para auxiliar em uma performance de rua em um festival de artes que ocorre em Budapeste! Com direito a entrevista para a televisão logo em seguida.
Depois, como sou humilde demais para brilhar sozinho e inconteste no panorama artístico da cidade, iniciei final e tardiamente a porção cultural da viagem, com um show de uma pequena big band de jazz belga, com uma sul-africana meio impertinente convidada como cantora, num dos teatros deles. Casa apenas meio lotada, e os húngaros não ficam automaticamente em pé aplaudindo no final do espetáculo. Até aplaudem também, mas sentados, o que me pareceu mais autêntico.
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